Aumento do IOF nas Transferências para o Exterior: Tudo o que Você Precisa Saber

Aumento do IOF nas Transferências para o Exterior: Tudo o que Você Precisa Saber

Olá, imigrante!

Hoje vamos falar sobre uma mudança importante para nós, que afeta nossas finanças diretamente: o aumento do IOF nas transferências bancárias internacionais.

Vamos entender o que isso significa, quais são as novas alíquotas e quais os meios que temos para minimizar o prejuízo.

O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) é um tributo aplicado em várias operações financeiras, incluindo transferências de dinheiro para o exterior. Recentemente, o governo anunciou um aumento nas alíquotas, impactando diretamente quem precisa enviar dinheiro para fora do Brasil.

  • Cartões de crédito, débito e pré-pago internacionais: alíquota única de 3,5% para todas as operações, incluindo compras online e físicas no exterior. Antes: o IOF chegava a 6,38% em 2022, mas vinha sendo reduzido gradativamente (5,38% em 2023 e 4,38% em 2024). Agora, todas as modalidades de cartão terão a mesma cobrança;
  • Remessas para contas próprias no exterior, como para gastos em viagens ou estudos, ficarão mais caras: antes custavam 1,1% de IOF, agora serão 3,5%.

Você pode verificar a tabela completa em: Publicação IOF Maio

Ainda em 22 de maio, horas após a assinatura do decreto que elevava o IOF sobre aplicações em fundos de investimento no exterior, surgiram críticas de entidades do mercado – incluindo a CNF e a ANBIMA – sobre possíveis efeitos adversos ao patrimônio de mais de R$ 9 trilhões sob gestão conjunta. Em 23 de maio, por meio do Decreto nº 12.467, o governo restabeleceu a alíquota zero para aplicações em fundos internacionais, justificando-se que a manutenção do aumento teria gerado “ruídos indesejados” e especulações de restrição a investimentos no exterior (Agência Brasil – 23/05/2025).

O recuo implicou uma perda estimada de arrecadação inferior a R$ 2 bilhões para 2025, dentro do pacote de R$ 54 bilhões (CNN Brasil – 2025). Estruturalmente, o texto original do inciso III do artigo 15-B do Decreto nº 6.306/2007 foi restaurado sem alterações para as demais modalidades, de forma que permaneceram vigentes as alíquotas de 3,50% para transferências e operações de câmbio comuns.

Para nós brasileiros que vivem no exterior, mas ainda mantemos alguma relação financeira com o Brasil enviar dinheiro para o exterior e de volta ao Brasil é uma necessidade regular. Seja para pagar a faculdade, férias, ajudar nas despesas da família ou investimentos, o aumento do IOF significa que cada transferência agora pesa um pouco mais no orçamento.

Dicas Práticas para Minimizar o Impacto

  1. Planejamento é Tudo: Tente agrupar suas transferências para reduzir a frequência e, consequentemente, o impacto do imposto.
  2. Compare Taxas: Use plataformas que oferecem comparações de taxas de câmbio e custos de transferência para encontrar a opção mais econômica.
  3. Considere Alternativas: Algumas fintechs oferecem taxas mais baixas e podem ser uma alternativa interessante para transferências internacionais.

Por exemplo:

Ao usar o cartão de crédito, a taxa de 3,5% é aplicada no dia de cada compra com o cartão. Se considerarmos a variação cambial, essa taxa pode ser mais cara ou mais barata, a depender do dia. Se no meio da sua viagem o dólar sobe ou cai muito você pode ter um susto quando a fatura chegar.

No cartão de débito internacional, pré-pago, multimoedas ou travel money, o IOF é cobrado na hora de carregar o cartão – dessa forma sabemos exatamente qual a taxa de câmbio daquele dia, não teremos surpresas posteriores dessa forma.

O pior é para quem está no exterior hoje e levou o cartão de crédito 😢

O IOF é um imposto pago ao governo – ou seja, os bancos e corretores não podem deixar de cobrá-lo, então não tem muito para onde correr!

O aumento do IOF pode desestimular a saída de capital, mas também pode afetar negativamente aqueles que dependem de transferências regulares. Isso pode levar a uma redução no poder de compra no exterior e impactar o planejamento financeiro de muitas famílias.

Exemplo do Cotidiano

Imagine a Ana, que vive em Portugal e envia dinheiro mensalmente para ajudar seus pais no Brasil. Com o aumento do IOF, Ana agora precisa repensar suas finanças para garantir que a ajuda continue sem comprometer seu orçamento.

A rápida sucessão de anúncios gerou forte volatilidade: o ETF EWZ, que replica ações brasileiras nos EUA, recuou 2,11% em 23/05/2025, enquanto o dólar passou de R$ 5,7221 para R$ 5,6864 em poucas horas (InfoMoney; Levycam – 2025-05-23). Antes mesmo de qualquer norma consolidada em guia orientativo, investidores reagiram à sinalização de aperto fiscal. Paralelamente, até meados de maio, estrangeiros haviam aportado R$ 20 bilhões na B3, numa sequência de 17 pregões positivos, demonstrando sensibilidade elevada a mudanças tributárias.

Essa dinâmica evidenciou dois pontos centrais: primeiro, a necessidade de clareza e previsibilidade nas comunicações oficiais; segundo o grau de interconexão entre decisões fiscais e fluxos de capitais em mercados emergentes. A reversão parcial das alíquotas também foi percebida como estratégia de mitigação de incertezas, favorecendo a estabilidade macrofinanceira.

E ai? Já se sente mais inclinado a fazer sua declaração de saída definitiva?

Percebemos que o ano de 2025 é um ano crucial para nossa regularização, a Receita Federal está procurando formas de tributar nossos rendimentos de todas as formas, que tal não correr mais riscos?

Quer uma análise completa da sua situação e um planejamento para a sua regularização? Agenda um horário comigo e vamos organizar toda essa situação ai

Agende um horário!

Espero que este post tenha ajudado a esclarecer o tema! Se você tiver dúvidas ou dicas adicionais, deixe um comentário. Estamos juntos nessa jornada de adaptação e aprendizado!

Até a próxima 💜